Bem vindos à Enocultura KMM Vinhos

Espaço dedicado à troca de informações, veiculação de material sobre eventos da KMM Vinhos e dicas para a escolha de seu vinho.


quinta-feira, 16 de julho de 2009

Lançamento da vinícola chilena La Ronciere - Restaurante La Marie

Em evento restrito à imprensa, no mês de Junho, a KMM Vinhos apresentou sua linha de chilenos, contando com a participação do produtor Alejandro Orueta.

Fachada do restaurante La Marie, em Pinheiros



Os proprietários Ken Marshall e Marli Predebon, o chef Edson Fonzo, Eugenio Echeverria e Alejandro Orueta


O vinho e os 5 sentidos

O olfato: representado pelo aroma
O paladar: representado pelo sabor
O tato: representado pela temperatura
A visão: representada pelas cores
A audição: representada pelo som do toque das taças

Vinho X Culinária (regras gerais)

Tintos: carnes vermelhas e massas
Brancos: frango, peixes e frutos do mar.

Todavia, cada prato merece uma combinação específica, nem sempre estas regras gerais são harmônicas. Muitas vezes um prato que apresenta temperos fortes deve ser acompanhado por vinhos encorpados; no caso de pratos leves, vinhos leves caem muito bem.

O vinho na religião

O uso do vinho em cerimônias religiosas é comum em várias culturas e regiões. O deus Dionísio utilizava o vinho para induzir alterações na mente das pessoas. O vinho é parte integral das tradições judaicas. O kidush é uma oração sobre o vinho recitada para santificar o Shabat ou um feriado judaico. Na Páscoa judaica, é obrigação de homens e mulheres beber quatro copos de vinho. No Tabernáculo - o Santuário de Deus dos hebreus durante a peregrinação destes pelo deserto - e no Templo em Jerusalém, a libação - o ato de beber vinho mais por prazer do que por necessidade - era parte do sacrifício.

No Cristianismo o vinho é usado no sagrado rito da Eucaristia, quando Jesus compartilhou o pão e o vinho entre os discípulos (Lucas 22:19).
Crenças sobre a natureza da Eucaristia varia entre as denominações cristãs. Católicos Romanos, por exemplo, acreditam no milagre da transubstanciação, ou seja, na transformação do pão e do vinho na carne e sangue de Jesus. Evangélicos acreditam na consubstanciação, ou seja, o pão e o vinho já são o corpo e o sangue de Jesus.

O uso do vinho é proibido sob as Leis Islâmicas. O Irã chegou a ter uma indústria vinícola que desapareceu depois da Revolução Islâmica de 1979. Tal sucedeu também com outros países de maioria islâmica, antigas colônias européias (principalmente francesas), tais como a Argélia. Contudo, o outro país de maioria muçulmana, o Líbano, tem uma florescente indústria vinícola.

Champagne ou Espumante

Champagne é a denominação utilizada somente para os espumantes franceses da região com o mesmo nome; qualquer outro fora da França, é chamado de espumante. Ao redor do mundo, os países criaram suas próprias denominações: spumante na Itália, sparkling wine nos EUA e Austrália, cava na Espanha.

Origem do brinde

O brinde só se popularizou no século XVI, na Inglaterra. Em inglês, o termo significa "toast" (torrada), que vem do hábito de colocar pão torrado num cálice. Ao beber à saúde de alguém, era preciso beber todo o vinho para então alcançar a torrada embebida.

Segundo lendas, o brinde era feito para misturar o conteúdo de inúmeros copos, para se caso um deles estivesse envenenado, todos os outros receberiam o mesmo vinho.

Qual a diferença entre enólogo, enófilo e sommelier?

O enólogo é o responsável pela produção do vinho, estrutura química e outros fatores como escolha do rótulo, rolha. Este profissional atua na indústria (vinícola).

Enófilo é o apreciador e estudioso de vinhos.

O sommelier está nos restaurantes, sendo responsável pela formatação da carta de vinhos de acordo com o perfil do restaurante. Faz a manutenção dos vinhos, atende e indica vinhos para os clientes, cria um ambiente harmônico para a degustação.

Mais dicas...

Vinho X luz

Os vinhos devem ser guardados em locais onde não recebam luz direta, pois isto pode reduzir a qualidade.

Vinho em pé ou deitado?

Para rolha de cortiça guardar deitado, pois assim ela não resseca, impedindo a entrada de ar, que oxidará o vinho.
Para as screw-cap ou rolhas sintéticas, indiferente.

O que são vinhos "estragados"?

São vinhos que tiveram contato com o ar ou que não foram bem armazenados, sofrendo oxidação e alterando totalmente cor, sabor e aroma.

Como conservar o vinho, depois de aberto?

O vinho pode ser conservado com a rolha e posicionado na porta da geladeira por até 3 dias sem sofrer alterações. Outra opção são as “bombinhas de vácuo” que oferecem a possibilidade de armazenagem por quase uma semana.

Balde de gelo: temperatura ideal para brancos é 10-12ºC.
Vinho que fica tempo demais no balde de gelo tem suas características comprometidas.

Saiba a temperatura ideal para o seu vinho

Brancos secos - 8º a 12º.
Brancos doces - 6º a 7º.
Espumantes – 6º a 8º.
Tintos (1 a 3 anos da safra) - 10º A 13º.
Tintos (4 anos ou mais) - 16º a 18º.
Tintos - 17º a 20º.

Curiosidades e dicas sobre vinhos

Como o clima influencia o vinho?

Clima quente: propicia a elaboração de vinhos com mais álcool, mais corpo, mais taninos e menos acidez.

Clima moderado: vinho equilibrado.

Clima frio: menos álcool, menos encorpado, menos taninos e grande acidez.

Barril de madeira: normalmente de carvalho francês ou americano, utilizado para fermentação e maturação.

Reserva (Reserve): indica a qualidade superior de um vinho ou vinhos que passaram por um tempo de envelhecimento.

Brut: somente para os espumantes, significa seco.

Vinhos colhidos antes do tempo resultam em vinhos aguados, com baixa concentração de açúcar e álcool. Já os vinhos de colheita tardia (Late Harvest) são ricos em álcool, mas com pouca acidez.

Mosto: é a mistura de suco, cascas e bagas resultante do esmagamento das uvas.

Corte: é a adição de outra uva numa mistura para proporcionar mais corpo e equilíbrio ao vinho.

Encorpado: é o vinho resultado da combinação de álcool, glicerina e açúcar.

Fermentação malolática: é a fermentação secundária utilizada para reduzir a acidez total.

Tanino: substância natural encontrada no vinho, essencial para a estrutura dos tintos. É derivado principalmente das cascas, sementes e engaços.

Terroir: meio ambiente com características próprias para produzir vinhos originais e de qualidade.

Sulfitos: encontram-se presentes em todos os vinhos e são formados naturalmente durante a fermentação. Adicionalmente, muitos produtores de vinho adicionam dióxido de enxofre para ajudar na conservação do vinho. A quantidade de sulfitos adicionada varia, e alguns vinhos são publicitados pelo seu baixo teor de sulfitos. Os sulfitos não constituem um problema para a maioria das pessoas, apesar de algumas, sobretudo aquelas com asma, poderem experimentar reações adversas.